Xingado, Bonner evita locais públicos por conta de política - Audiência Carioca - Notícias e bastidores

Xingado, Bonner evita locais públicos por conta de política

Publicado por Eduardo Moura em

Durante entrevista ao programa Altas Horas, exibido no sábado (22), William Bonner revelou que evita frequentar lugares públicos após ser alvo de hostilizações motivadas pela polarização política no Brasil.

O âncora do Jornal Nacional relatou que há tempos enfrenta xingamentos nas ruas de pessoas que discordam das informações transmitidas pelo telejornal. A forma hostil acontece com populares com viés ideológico de direita e de esquerda.

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“Eu era hostilizado naquela época muito pela esquerda, porque o noticiário desagradava a esquerda. Aí teve um momento em que a direita começou a crescer no Brasil, também fazendo um discurso contra a imprensa, porque a direita tem esse discurso anti-imprensa. Não apenas no Brasil, no exterior também, para descreditar a mídia e fazer você acreditar na tia do WhatsApp”, contou, explicando que sair para coisas corriqueiras no Rio de Janeiro estava ficando cada vez complicado.

“Hoje eu não deixo de fazer meus exercícios na rua, temendo que alguém ou a esquerda ou a direita vai me hostilizar. Mas eu tenho que dizer: show da Blitz [banda convidada do Altas Horas]? Não vou. Teatro? Não vou. Teatro? Não vou”, explicou o jornalista, dizendo ainda que evita viajar de avião o máximo possível e opta pelo uso do carro.

William Bonner também comenta sobre a questão política nas redes sociais

Bonner também comentou sobre o impacto das redes sociais na sociedade, destacando que elas contribuem para o isolamento em bolhas ideológicas, onde os indivíduos interagem apenas com aqueles que compartilham das mesmas opiniões.

“Se você só tem contato com quem concorda com você, quando alguém discordar de você, haverá um enorme estranhamento. Até aí está tudo bem. O problema é que estimulou-se todo mundo a transformar o estranhamento em hostilidade”, disse, primeiramente, o jornalista.

“Quem pensa diferente de você, passa a ser seu inimigo –essa é a lógica das redes sociais. Se o mundo não acabar, em algum momento a humanidade perceberá que isso está acontecendo. É só examinar o que acontece, as pessoas ficaram muito intolerantes”, considerou Bonner, em seguida.

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Imagem: TV Globo


Eduardo Moura

Eduardo Moura é jornalista e editor do Audiência Carioca. E-mails: [email protected]