Sikêra Jr. voltou a xingar homossexuais em seu programa de TV, o Alerta Nacional, na RedeTV!. O apresentador usou seu espaço em rede nacional na última sexta-feira (25) para ofender a comunidade LGBTQIA+, referindo-se como uma “raça desgraçada” e “nojentos”. Na sua visão, o objetivo é “acabar com a sua família e com a família tradicional brasileira”.
A polêmica começou após uma grande marca de fast food veicular uma publicidade sobre o mês do orgulho LGBTQIA+, mostrando como algumas crianças enxergam a possibilidade de pessoas do mesmo sexo se relacionarem e formarem família.
“A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar”, iniciou Sikêra, sem explicar direito o que seria uma atitude comunista.
“Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, disse, divulgando ainda mais a ação publicitária.
DE NOVO NA JUSTIÇA
Essa não é a primeira vez que Sikêra Jr. mira seu arsenal de comentários contra homossexuais em seu programa de TV.
Em 2015, o apresentador usou a foto da atriz e modelo transexual Viviany Beleboni desfilando na parada LGBT+, em 2015, como uma reprodução de Jesus Cristo para fazer comentários.
Sikêra foi absolvido na justiça, pois no entendimento do desembargador, os comentários não foram diretamente ligadas à modelo e sim a comunidade LGBTQIA+.
Entretanto, desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) enquadrou a homofobia e a transfobia como crimes equivalentes ao racismo. A pena pode chegar até cinco anos de prisão.
Segundo informações publicadas em primeira mão pela colunista Fábia Oliveira, de O Dia, o ativista Agripino Magalhães irá processar Sikêra pela terceira vez. O apresentador será denunciado ao Ministério Público de São Paulo por associar os LGBTI+ às drogas.
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Imagem: Reprodução Internet