Sergio Mauricio recua e confirma ofensas à Erika Hilton
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Seis dias após a polêmica, Sergio Mauricio voltou atrás e confirmou que ofendeu a deputada Érika Hilton (PSOL-SP) em um comentário na rede social. Primeiramente, o narrador da Band havia negado que chamou Érika de “fake news humana” e “coisa”.
“Não conheço e nada tenho contra ou a favor da deputada Erika Hilton. Fiquei sabendo disso através da minha chefia. O mais incrível é que tenho que me defender disso. Estou tomando as providências jurídicas”, disse Mauricio, primeiramente, ao portal F5.
No entanto, supreendentemente, a declaração agora é outra. O novo relato foi encaminhado por Mauricio à coluna de Matheus Leitão, da Veja.
“Lamento profundamente as palavras equivocadas que usei ao me referir à deputada Erika Hilton, parlamentar por quem tenho o mais elevado respeito. Peço desculpas a ela, a seus eleitores e a quem mais tenha se sentido ofendido”, disse, em resumo, o narrador, em meio ao feriadão de Carnaval.
Apesar de ter negado o comentário ao portal F5, a primeira declaração não havia convencido o público, Érika e a Band. A conta em questão tinha mais de 30 mil seguidores e variavelmente mostrava bastidores das transmissões esportivas da emissora, que inclusive marcava Sergio Mauricio em suas publicações através deste perfil.
Na última quarta-feira (26), a parlamentar confirmou que entrará na Justiça contra Sergio Maurício. “Eu e meus advogados estamos plenamente cientes do ataque transfóbico cometido contra mim, neste domingo, pelo narrador da Fórmula 1, Sérgio Maurício, afastado hoje da Band. A transfobia é crime no Brasil, e apesar das tentativas de relativizá-la, faremos a Justiça prevalecer”, disse a deputada, em parte do seu comunicado.
As polêmicas de Sergio Mauricio na Band
Primeiramente, em tom de humor, Sergio Mauricio se referiu a torcedores do Flamengo como “duros e favelados” durante um sinal alternativo da Band no YouTube, em 2022.
No ano passado, ele disse que Lewis Hamilton surfou no discurso contra o racismo, após uma manifestação de Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA. O executivo afirmou: “Nós não somos rappers, sabe. Eles dizem o palavrão quantas vezes por minuto? Nós não estamos nessa. Esse é o estilo deles, e nós somos diferentes”, afirmou.
Hamilton rebateu em seguida: “Dizer ‘rappers’ é muito estereotipado. Se você pensar bem, a maioria dos rappers são negros. Então, quando se diz: ‘Nós não somos como eles’, essas são as palavras erradas. Há um elemento racial aí”.
Sergio Mauricio, então, discordou da visão de Hamilton sobre o assunto. “[Hamilton] chamou atenção quando foi questionado sobre o que falou Mohammed Ben Sulayem, dizendo que era até uma declaração racista em relação aos rappers, eu não entendi bem o racismo aí”, ironizou.
Felipe Giaffone, comentarista da Fórmula 1 na Band, tentou explicar ao narrador que Hamilton direcionou o assunto pois “a grande maioria [dos rappers] são negros”. Todavia, Sergio Mauricio manteve seu discurso: “Mas aí… Exagerou também. Aproveitou para surfar também”, rebateu o narrador.
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Imagem: Band