SBT divide opiniões após repórter voltar a se arriscar em tiroteio
O SBT voltou a dividir opiniões ao ver, mais uma vez, o repórter Jackson Silva se arriscar e se colocar na linha de tiroteio entre policiais e bandidos no Rio de Janeiro.
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A última aparição nesta situação tensa ocorreu na última quinta-feira (17), no Morro da Serrinha, na região de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro. Portando um colete à prova de balas, o jornalista precisou se deitar no chão para reduzir sua exposição na linha de tiro.
Transmissão de tiroteio no SBT foi criticada
Tudo foi filmado e mostrado na programação do SBT Rio, com selo de “exclusivo” na tela. A ação rendeu uma crítica do jornal O Globo: “Tudo isso transmitido ao vivo, com direito a uma trilha sonora tensa. Irresponsabilidade e sensacionalismo”, considerou a jornalista Ana Luíza Santiago, colunista da Play.
Essa não é a primeira vez que Jackson Silva se coloca na linha de tiro em uma produção de reportagem o SBT. Primeiramente, ele se arriscou durante uma operação no Complexo da Penha, na zona norte carioca, em 2024. No início do ano, por muito pouco, ele e seu cinegrafista, Pedro Mota, estavam na linha de tiro em uma das entradas do Complexo do Alemão, também na zona norte do Rio. Uma bala passou muito perto dos dois.
SBT já informou uma vez que decisão por exposição é de equipe
Na ocasião, a assessoria de comunicação do SBT colocou a responsabilidade da cena no Alemão em sua equipe de reportagem. O Audiência Carioca procurou o SBT para questionar se a decisão de mostrar a linha de tiro ao vivo partiu da emissora, que estava com jornal no ar mostrando tudo, ou da equipe de reportagem que estava no local. A assessoria de imprensa do canal enviou a seguinte resposta. “Da equipe que estava no local. São jornalistas, não é querido?”, disseram, em 24 de janeiro.
Enquanto isso, movimentação do SBT divide redes sociais
Nas redes sociais, internautas se dividem quando o assunto é esse tipo de abordagem noticiosa. “É o que sempre digo. Tipo de jornalismo totalmente desnecessário. Não agrega em nada na notícia final mostrar os polciais trocando tiro ao vivo. Sem contar no risco que o repórter corre. Os policiais passam por treinamento para esse tipo de situação, os jornalistas não”, escreveu o usuário Jurídico José Hubenns.
“Tudo desnecessário. Da operação com tiros na frente das casas de moradores a presença de uma equipe de reportagem estimulando o show de horrores”, considerou o usuário “O Felipe“.
Houve ainda quem defendesse o SBT: “O SBT sempre fez coberturas assim, a muitos anos atrás. Não é novidade! Jornalismo policial é assim”, opinou Adriano Marçal.
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Imagem: SBT
