O ano de 2019 não deixará saudades para muita gente, incluindo os produtos de entretenimento do rádio, da TV e na internet. O Audiência Carioca separou dez produtos que ficaram devendo este ano. Solta o dedo do ‘touch’ e fala pra gente: concordou? Já fez sua lista? Confere só!
10º LUGAR: HORA DO FARO / RECORD TV – Forçada demais, a atração é carregada de muito drama e pouca diversão. Rodrigo se esforça para parecer espontâneo e, por vezes, fica caricato. Quando entrevista famosos a coisa anda melhor. O lamentável episódio sobre a audiência durante uma homenagem a Gugu arranhou a imagem do apresentador e este será o maior desafio da emissora em 2020. A audiência já deu a resposta. O Hora do Faro perdeu em quase todos os domingos para o SBT;
9º LUGAR: PROGRAMA PADRE ALESSANDRO CAMPOS / REDETV!: Com pouco mais de dois meses de vida, a atração do famoso Padre dos canais religiosos não surtiu efeito. Alguém lembra quando passou? A gente ajuda: foi de manhã, entre fevereiro e abril, com pouca audiência e repercussão. Aliás, só propagou na mídia quando chegou ao fim. Ruim demais;
8º Lugar: SHOW DO PEDRO AUGUSTO / SUPER RÁDIO TUPI: Um show de horrores, na verdade. Inimaginável uma emissora sustentar, nos dias atuais, um programa de tamanho mau gosto. Com piadas infames e trocadilhos esdrúxulos, Pedro Augusto pouco acrescenta com seus quadros à programação Super Rádio Tupi. Nem Nossa Senhora aguenta tamanha romaria;
7º Lugar: O SÉTIMO GUARDIÃO / TV GLOBO: A gente bem que tentou acompanhar O Sétimo Guardião, mas foi bem difícil. Tudo bem que a dramaturgia está aí para nos servir e propor momentos surreais, só que há um limite do bom senso. Ficção demais para o público que acompanha novelas. Só os conturbados bastidores envolvendo o elenco chamaram a atenção;
6º Lugar: MESTRE DO SABOR / TV GLOBO: Estrutura e grife não salvam nenhum programa de TV. Sem graça e confuso, o primeiro reality gastronômico da Globo não deixou saudade. Claude Troisgos é uma simpatia, mas é muito difícil entender o que ele fala. A decisão ao vivo foi a cereja do bolo de uma tragédia anunciada. Sem emoção, sem repercussão e sem sal. Tem salvação, mas precisa mudar muita coisa para 2020;
5º Lugar: TÁ BRINCANDO / TV GLOBO: Já o caso do Tá Brincando, a salvação é zero. Com uma proposta de colocar gente experiente à frente dos jovens, somente a ideia foi boa. A prática foi desastrosa e o programa simplesmente não aconteceu. Como Otaviano Costa deixou a Globo, mais fácil de não sermos “premiados” com esse programa. Amém!;
4º Lugar: O APRENDIZ / BAND – O Aprendiz é bom reality, mas, na Band, passou despercebido. Trata-se de mais uma tentativa fracassada de colocar gente da internet para a TV aberta. Esse é um processo necessário, mas ainda delicado da nossa televisão. É importante que os dois meios andem juntos, mas com doses moderadas. Aliás, a maioria dos tais influencers eram desconhecidos, inclusive, por usuários da internet;
3º Lugar: NOVA (DA NOVA) RÁDIO GLOBO – Não bastasse a besteira que fizeram em 2017 ao destruir a tradicional Rádio Globo, neste ano foi necessário criar uma “segunda” nova emissora. Totalmente musical, o esporte é, até aqui, o único suspiro do que um dia já foi tido como referência no meio radiofônico. O curioso é que a Rádio Globo é, hoje, o que a Beat 98 já foi um dia. Ou seja: alguém explica porque “mataram” a Beat?;
2º Lugar: ALARMA TV / SBT – Silvio Santos é um gênio da TV, mas onde estava com a cabeça quando mandou a direção do SBT comprar o Alarma TV, um dos piores programas do mundo? Violento, sádico e desrespeitoso, a obra repercutiu da pior maneira possível. Nem o ditado “fale mal, mas fale de mim” valeu para esse investimento. Sensibilidade passou longe;
1º Lugar: SE JOGA / TV GLOBO – Dez meses de estudos e trabalhos não foram suficientes para a Globo desenvolver um programa à altura do seu padrão de qualidade. Pior que perder para a Record TV, o Se Joga é um programa sem identidade e sem rumo. Não sabe como surgiu, para onde vai e onde vai parar. Infelizmente, está queimando grandes nomes do staff da emissora, como Fernanda Gentil, Fabiana Karla e Érico Brás.
Imagem: Divulgação (capa)