O sonho de alçar novos voos fez com que Paulo Barros aceitasse o convite da Gaviões da Fiel para assinar o carnaval da escola. Pela primeira vez, o carnavalesco contribuiu com o seu trabalho para o desfile paulista.
Só que o resultado final não foi o esperado pela Gaviões e por Paulo. A escola amargou a 10ª posição na tarde desta terça-feira (25), após leitura das notas no Anhembi.
O curioso é que o enredo “Um Não Sei Quê, Que Nasce Não Sei Onde, Vem Não Sei Como e Explode Não Sei Porquê” foi bem aceito pela crítica e era tido como um dos favoritos a despontar na avenida.
A Gaviões passou boa parte do desfile na zona das escolas que cairiam para o grupo de acesso de SP. Faltando pouco para acabar a apuração, a escola conseguiu uma sequência de notas 10 em alegoria. Os pontos foram valiosos para manter a escola na elite paulistana com 268,9.
Bateria foi o último quesito e também garantiu duas notas 10 e uma 9,9, o suficiente para tirar a escola da torcida do Corinthians do rebaixamento. Assim, foram rebaixadas X-9 Paulistana (268,4) e Pérola Negra (267,6). A Gaviões, de Paulo Barros, se salvou por 0,5.
A Águia de ouro foi campeã pela primeira vez na história do Anhembi, com 269,9 pontos e o enredo sobre o saber e Paulo Freire.
CARNAVAL NO RIO E EM SP
Ao aceitar o convite da Gaviões em março de 2019, Barros arrumou um conflito com a Viradouro. É que a atual vice-campeã do Carnaval carioca não se agradou de ter que dividir o seu profissional com os paulistas. Paulo não gostou do retorno que teve e decidiu deixar a agremiação de Niterói.
Semanas depois, a Unidos da Tijuca acertou o retorno do carnavalesco e aceitou dividi-lo com a Gaviões. Além de compartilharem os serviços, Paulo acabou se acertando com Fernando Horta. Os dois chegaram a trocar críticas publicamente, em 2015.