“A grama do vizinho sempre é mais verde”. Quem nunca ouviu esse ditado que atire a primeira pedra. Há um tempo o Audiência Carioca vem se sentido tocado a falar sobre a falta de oportunidades de Cyro Neves no esporte da Super Rádio Tupi. A gente acreditava que em algum momento uma chance à altura chegaria. Só que não.
Há três anos Cyro Neves chegou à Super Rádio Tupi para trabalhar no jornalismo da rádio, especialmente nas atrações da manhã, no horário nobre da emissora.
Pouco antes de iniciar seus trabalhos na Tupi, Cyro estava na BandNews FM Rio e por lá tocava bem a programação esportiva da emissora. Tanto que, em algumas oportunidades, esteve na televisão e em outras rádios do estado. Ou seja, capacidade já mostrou que tem de sobra.
Embora o Grupo Bandeirantes nunca desse a atenção merecida para essa editoria e, com pouca estrutura, as narrações de Cyro Neves e o trabalho dos demais colegas se tornaram uma opção interessante para o público que curte o futebol no rádio.
Ao chegar na Tupi, jornalista que é, Cyro foi tocando com seu jeitão dinâmico peculiar, o pesado jornalismo de rua. Profissional, recebeu a missão e vem fazendo com méritos. Merece elogios.
Entretanto, o que nos chama a atenção é não aproveitá-lo na grade esportiva da emissora. Recentemente, a rádio perdeu Jota Santiago para a concorrência e foi buscar no mercado o nome de Dário de Paula, radialista consagrado na cidade de Volta Redonda.
Todo o reforço em uma equipe é bem vindo, seja oriundo de dentro ou de fora da emissora. Só o que nos chama a atenção é deixar de aproveitar (também!!!) a vertente que Cyro tem no esporte para inseri-lo neste departamento.
Até pelo fato de que, como qualquer veículo de comunicação, o rádio precisa estar atento a apresentar novidades e trazer novos nomes para o meio. Nesse caminho, parece que no rádio carioca esqueceu de fazer a “lição de casa”, especialmente no que se diz em esporte, onde poucos novos nomes são revelados nos últimos anos. Só que esse é um assunto para outro momento.
Cyro não precisaria entrar no lugar de ninguém e, tão pouco, novas contratações devem ser evitadas. Com a quantidade de jogos que a temporada dos times do Rio vão impor, certamente tem campo e espaço para que seu talento seja requisitado nas disputas envolvendo o futebol carioca.
Como dissemos no início desta crítica, o gramado verde está aí, instaurado dentro da rua Fonseca Teles, em São Cristóvão.
Só não enxerga quem não quer um talento que joga em mais de uma posição.