A estreia de Da Cor do Pecado fez o Viva se movimentar para fazer um alerta ao público. No fim do capítulo de ontem, a emissora optou por uma tarja em preto e branco onde dizia: “Esta obra reproduz comportamentos e costumes da época em que foi realizada”.
O Viva é conhecido por manter a integra dos capítulos de suas reprises. O mesmo não acontece no Vale A Pena Ver de Novo, que passa a tesoura em cenas consideradas inaceitáveis: racismo, agressão conta mulheres, homofobia acentuada e outros assuntos que a sociedade não engole mais.
Nos dias atuais, com o racismo em pauta, jamais a Globo lançaria um título em que faz alusão à cor negra e ao pecado.
A trama de João Emanuel Carneiro, produzida em 2004, marcou a história da Globo como a primeira trama da emissora a contar com uma protagonista negra: Taís Araújo deu vida à Preta, maranhense que se apaixonou por Paco, vivido por Reynaldo Gianechini.
A expressão “cor do pecado” é vista como racista, já que contempla abusos sexuais cometidos contra mulheres negras durante o período de escravidão no Brasil.
Mesmo com temas sensíveis em outras tramas, como Mulheres Apaixonadas e O Clone, o Viva nunca havia feito esse tipo de menção antes de exibir a reprise de uma novela.
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Imagens: Reprodução TV