Seis dias após Victor Meyniel ser covardemente agredido pelo estudante Yuri de Moura Alexandre, a polícia não tem mais dúvidas sobre o caso e decidiu indiciar o residente de medicina por injúria por atos homofóbicos e lesão corporal.
Além disso, o porteiro Gilmar José Agostini, que foi flagrado estaticamente enquanto Yuri batia em Meyniel, também será indiciado. Todavia, o profissional responderá por omissão de socorro. As informações foram publicadas em primeira mão pelo jornal O Globo.
“Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela”, considerou o delegado o Pablo Valentim, da 12ª DP, em Copacabana.
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A polícia não tem mais dúvidas sobre o caso e considera que mesmo que tenha ocorrido um ato de inconveniência de Victor, as agressões de Yuri são desproporcionais ao ambiente narrado pelas testemunhas no apartamento.
Antes de apanhar, o ator aparece em uma imagem visivelmente irritado. Segundo depoimento, Victor Meyniel queria saber se Yuri de Moura Alexandre não era declaradamente gay, após beijá-lo no interior do apartamento.
Em seguida, amiga acusa Victor Meyniel
A médica Karina Carvalho, amiga de Yuri, informou à polícia que Meyniel teria se comportado de forma inconveniente enquanto os três estavam no imóvel.
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O RJ2 , da TV Globo, teve acesso ao segundo depoimento do ator, que nega ter agido debochadamente ou feito qualquer tipo de ameaça contra Karina. Nesta sexta-feira (8), Victor Meyniel voltou à 12ª DP e alegou que chegou a ouvir da médica que ele teria aval para se sentir à vontade enquanto visitava o apartamento. O famoso terá que fazer um novo exame de corpo de delito.
Yuri de Moura Alexandre segue preso, após passar por audiência de custódia na última segunda-feira (4). Detido primeiramente em Benfica, ele agora cumpre a prisão preventiva no Complexo de Bangu.
Relembre o caso, em seguida
Um dia após ser agredido brutalmente por um residente de medicina, Victor Meyniel contou detalhadamente sua versão sobre o que ocorreu nas primeiras horas de domingo (3). O ator foi brutalmente agredido pelo estudante de medicina Yuri Moura Alexandre, horas após se conhecerem em uma boate em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
Os dois decidiram ir ao apartamento de Yuri e, momentos após o encontro, Victor revela que o clima pesou após a chegada de uma amiga do residente.
“…Não rolou nada além de beijo. A chegada da amiga dele, que ele falou que tinha uma amiga que estava vindo de um plantão, virou uma chave nele, que eu não tinha entendido o que estava acontecendo. Eu senti o ambiente hostil”, contou Victor, ao RJ2.
Em seguida, Yuri preso e porteiro acusado de omissão de socorro
O ator revelou que deixou imediatamente o imóvel e que ele e Yuri, que se dirigia à academia do condomínio, desceram por elevadores diferentes. Todavia, os dois se encontraram na portaria, onde as agressões do residente de medicina iniciaram. Antes de sair, o ator tentou entender os motivos que fizeram o clima pesar antes da chegada da amiga de Yuri.
“Eu chateado e revoltado com a situação, falava: ‘o que aconteceu? Por que você mudou da água para o vinho? Por que você ficou tão agressivo assim? A gente estava ficando de boa, no seu sofá, se beijando. Você não é assumido, alguma coisa do gênero?’. Eu só lembro dele absolutamente nem verbalizar nada e em um ataque de fúria me colocar no chão e me socar, me socar e me socar… Eu pedi desesperadamente [para parar]”, explicou Victor Meyniel.
Yuri Moura Alexandre foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (4). O juiz Bruno Rodrigues Pinto converteu a prisão em preventiva, ou seja, Yuri seguirá preso.
O porteiro Gilmar José Agostini, testemunha ocular das agressões, foi autuado por omissão de socorro. Gilmar presenciou a agressão e ficou estático, tomando um café. Ele alega que, momentos depois, chamou o zelador para tomar providências sobre o caso e, por fim, acionar a polícia.
O que você precisa saber, em resumo:
- Primeiramente, Yuri de Moura Alexandre está indiciado pela polícia por por injúria por atos homofóbicos e lesão corporal;
- O porteiro Gilmar José Agostini também está indiciado: omissão de socorro;
- “Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela”, considerou o delegado o Pablo Valentim, da 12ª DP, em Copacabana;
- Antes de apanhar, o ator aparece em uma imagem visivelmente irritado. Segundo depoimento, Victor Meyniel queria saber se Yuri de Moura Alexandre não era declaradamente gay, após beijá-lo no interior do apartamento;]
- A médica Karina Carvalho, amiga de Yuri, informou à polícia que Meyniel teria se comportado de forma inconveniente enquanto os três estavam na delegacia;
- Victor Meyniel negou as acusações em novo depoimento. O ator alegou que a médica chegou a dizer que ele ficasse à vontade durante a visita;
- As investigações estão encerradas desse caso. Agora, a justiça ficará a cargo do episódio.
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Imagem [capa]: Lourival Ribeiro/SBT (Divulgação)