Os variados problemas no Encontro com Patrícia Poeta estão à mesa antes mesmo de sua estreia e, até aqui, a Globo banca uma boa senhora, estilo anos 70. Seu nome está na “boca de Matilde” por toda a vizinhança, mas ela segue firme, casada e passeando pela vila como se sua família fosse “modelo margarina”.
Embora a Globo seja disparadamente a melhor emissora do Brasil, isso não a livra de ter sérios problemas em sua programação e sua entrega ao público. Primeiramente, em nove meses no ar, o Encontro com Patrícia Poeta, rigorosamente, segue embrionário e sem sinais de que irá acontecer.
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Lidera a audiência com folga, após ocupar o horário pavimentado por décadas por Ana Maria Braga. Não conta mais com o prestígio de sua antecessora, Fátima Bernardes.
Se Fátima conseguia levar o programa de forma leve, com assuntos que tocavam a mídia e as redes sociais, o Encontro atual virou um prato cheio de confusão para a imprensa. Algo muito parecido com o primeiro elenco do Fofocalizando, em 2016.
PATRÍCIA POETA IGNORA CRÍTICAS
Patrícia Poeta prefere atribuir os problemas de seu programa à “meia dúzia de raivosos”, como bem disse em recente entrevista. Também opta por alfinetar a imprensa, pela merecidas críticas que vem recebendo, em vez de fazer uma autoanalise do conteúdo que entrega ao público. Quase sempre acima do tom, não perde a oportunidade de se inserir nas pautas.
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Sem contar as constantes ignoradas e o tão comentado último atropelo em Manoel Soares. Atribuir o conflito a um jogo de câmera, é subestimar a inteligência do público.
A ocupação de espaço do “parceiro” seria minimizada se Patrícia não cortasse secamente o discurso informativo para mencionar uma informação irrelevante: uma canção a Tiago Iorc feita pelo Chat GPT no tablet.
Mas a cena, com direito a “carão” de Manoel Soares, ganhou as redes sociais, mas, claro, não foi parar na nuvem “orgânica” do Encontro. Entretanto, os comentários nas redes sociais da Globo sobre as postagens do programa mostram bem que a “meia dúzia de raivosos” cresceu com força.
Em um passado não tão distante, além de audiência, a Globo prezava por um padrão de qualidade ainda não percebido nesta nova fase do Encontro. Surpreendentemente, além dos conflitos, o impacto, similar a programas policialescos da concorrência, em nada lembram o que a emissora tem condições a oferecer.
Ainda assim a sensação que fica é que a Globo bancará a soberana e desentendida até quando também for impactada: no bolso, através de seus anunciantes. Em conclusão, é pagar pra ver.
Eduardo Moura é jornalista e autor do Audiência Carioca: esse texto produz sua opinião e análise sobre o assunto.
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Imagem: Reprodução TV / TV Globo