Não bastasse o uso das palavras “sinergia” e “unificação” usadas corriqueiramente para justificar enxugamentos de quadros de jornalistas e profissionais do meio de comunicação, a nova palavra do momento, agora, é “reinvenção do negócio”. Foi assim que o Departamento de Recursos Humanos de O Globo justificou as demissões da última terça-feira (15), segundo informa o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro.
Conforme publicação do órgão em sua página oficial do Facebook, uma reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (17) entre dirigentes do Sindicato com o RH do Infoglobo.
A empresa se recusou a informar quantos profissionais foram demitidos por praça. Entre Rio, São Paulo e Brasília, sabe-se que, ao menos, dezoito deles foram dispensados. Mas este número pode ser maior.
“Em reunião realizada hoje, 17/12, entre os dirigentes dos Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio e do Distrito Federal com o RH da empresa, as representantes da Editora Globo se recusaram a divulgar o número de profissionais demitidos por praça, afirmando que as demissões são decorrentes de um processo de “reinvenção do negócio”, diz parte do texto.
CORTES E CONTRATAÇÃO
O Sindicato ouviu dos representantes de O Globo que os demissionários receberão as horas extras não compensadas na rescisão e o 13º salário nesta sexta-feira (18). O plano de saúde ficará ativo, conforme determina a lei. Os acordos previstos na convenção coletiva serão cumpridos, segundo o veículo informou ao Sindicato.
As empresas do Grupo Globo não comentam assuntos internos. Vale lembrar que além do desligamento dos profissionais informado pelo Audiência Carioca na última terça-feira (15), colunistas renomados, como Ancelmo Gois e Miriam Leitão, perderam espaço na versão impressa.
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