Na semana das eleições, ACERJ volta atrás e desiste de impugnar chapa

A Associação Cronistas Esportivos Rio Janeiro (ACERJ) voltou atrás na decisão de impugnar a chapa Maria Lenk, encabeçada pela jornalista Cris Dissat, faltando três dias para as eleições no órgão.

Na última quarta-feira (6), a ACERJ emitiu um comunicado público informando que a chapa de oposição à atual diretoria, presidida pelo jornalista Eraldo Leite, estava fora da disputa do pleito.

O texto assinado pela diretoria da ACERJ trouxe uma grave denúncia: um anexo da chapa Maria Lenk mostra a assinatura do radialista Garcia Júnior, que negou a participação com o grupo político.

Mesmo diante da gravidade do caso, a entidade permitiu que o grupo de Cris recorresse da decisão em até 48h. A chapa fez o pedido e a resposta saiu na manhã de hoje (11).

A ACERJ liberou a participação da chapa Maria Lenk, contudo, voltou a mencionar que o “associado em questão não assinou o requerimento”, referindo-se a Garcia Junior, o pivô da divergência, e considera que o registro foi incompleto.

“CONSIDERANDO que a Chapa Maria Lenk não teve o seu registro aprovado por estar INCOMPLETA, uma vez que um de seus integrantes, o associado Jacob Isaac Mizrahi (“Garcia Jr”) declarou não ter autorizado sua inclusão na chapa”, abre o texto do órgão.

Em seguida, a ACERJ afirma que “o recurso apresentado pela Chapa Maria Lenk confirma que o associado em questão não assinou o requerimento”, mencionando, mais uma vez, sobre Garcia Júnior.

Em outra parte do texto, a ACERJ reproduz que no recurso da chapa Maria Lenk, a chapa informa que o “associado que decidiu mudar sua opinião em relação à participação na chapa”.

RADIALISTA NÃO RECONHECE ASSINATURA

Entretanto, uma carta de punho anexada ao comunicado da ACERJ em 6 de janeiro,  Jacob Isaac Mizrahi, que usa profissionalmente o nome de Garcia Júnior, não relata que tenha desistido da chapa e diz desconhecer a assinatura do registro da candidatura.

“Eu Jacob Isaac Mizrahi, associado da ACERJ nº 639, não reconheço chapa alguma para a próxima eleição da nossa entidade e não assinei documento nenhum”, disse a carta feita à mão.

O comunicado de hoje (11) expedido pela ACERJ também cita “áudio enviado em conjunto com o Recurso não pode ser admitido como meio probante por sua flagrante edição e não identificação de um dos interlocutores, reforçando a irregularidade da inscrição”. O conteúdo em questão do áudio não foi revelado pela chapa Maria Lenk e pela diretoria da ACERJ.

O Audiência Carioca vem tentando falar com Cris Dissat desde a última quarta-feira (6). Entretanto, a jornalista preferiu não se manifestar e vem usando a página oficial da campanha nas redes sociais para se posicionar sobre o caso.

Entretanto, até aqui, a chapa optou por explicar internamente as acusações feitas no comunicado da ACERJ no último dia (6): “… Gostaríamos de explicar que estamos resolvendo esse assunto de forma interna e, no tempo certo, iremos manifestar nossa posição a respeito”, disse parte da publicação feita na noite de 6 janeiro.

Desde então, a chapa Maria Lenk não se posicionou mais sobre o caso. A única postagem feita após a noite do dia 6 de janeiro contava a história da nadadora Maria Lenk, nome que batiza a candidatura (publicação de 9 de janeiro).

Por fim, após toda a polêmica, a ACERJ encerra seu texto nesta segunda-feira (11) autorizando a participação da chapa de Cris Dissat. A entidade informa que tomou a decisão para que a instituição não seja alvo de “comentários distorcidos” e “insinuações maldosas”.

“Apesar de todos esses fatos, a Diretoria da ACERJ considera que mesmo estando absolutamente correta no seu posicionamento de defender as regras estatutárias e a lisura do pleito, seria desaconselhável que a instituição pudesse ser alvo de comentários distorcidos e insinuações maldosas, abrindo flancos para discursos de vitimização e perseguição mesmo diante das aberrantes e confessadas irregularidades praticadas. Por isso, em caráter de absoluta excepcionalidade e objetivando sobretudo manter a nossa instituição incólume a disputas fratricidas, em linha com a missão estatutária de incentivar a cordialidade da classe entre seus associados, a Diretoria da ACERJ comunica que permitirá que a Chapa Maria Lenk concorra ao pleito com a substituição requerida”, diz parte do texto.

Desta forma, disputam as eleições marcadas para 14 e 15 de janeiro as chapas Transformação Maria Lenk, de Cris Dissat, e Verde Sergio Noronha, de Eraldo Leite.

O comunicado da ACERJ pode ser conferida na página da entidade no Facebook ou a seguir:

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Imagem: Reprodução

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