A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) reuniu as agremiações do Grupo Especial do Carnaval para decidir o que vai fazer com os desfiles em 2021, previstos para fevereiro.
Em plenária encerrada nesta quinta-feira (24), ficou definido que os desfiles não vão acontecer nas datas habituais da folia. O calendário previa que as escolas se apresentariam entre os dias 14 e 16 de fevereiro.
Agora, a entidade repensa a possibilidade de fazer os desfiles em uma nova data, ainda em 2021. “Não é o cancelamento, e sim o adiamento e busca por solução. Para fevereiro, não tem como ter desfile. Para fevereiro, estamos buscando alternativas para permitir que as escolas possam ter um projeto, para não prejudicar o carnaval”, disse Jorge Castanheira, presidente da Liesa.
Neste momento, a Liesa está preocupada com os profissionais que dependem do Carnaval como ferramenta de trabalho. “Nossa expectativa é de poder fazer com que as pessoas que dependem do espetáculo não fiquem sem resposta. Nada impede que mais pra frente achemos uma solução. Há previsões que dizem que só a partir de abril teremos segurança. Veremos em que meses, com as autoridades, poderíamos ter um modelo alternativo”, informou Castanheira.
Desde que a pandemia do coronavírus foi estabelecida, o mundo do Carnaval vinha tentando debater como seria a tradicional festa. A criação da vacina é tida como fundamental para que a Sapucaí volte a ter desfiles. Afinal, não há Carnaval sem o povo e sem aglomeração.
A Sebastiana, que cuida dos blocos de rua do Carnaval Carioca, também atua no mesmo compasso e aguarda o anúncio da vacina para pensar como manter a festa. No cenário atual, dificilmente os blocos ganharão as ruas do Rio em fevereiro.
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