Helena (Regina Duarte) sabe que desde que aceitou ser a mãe de Clara (Joana Mocarzel) muitos desafios seriam encarados. Entretanto, dói ver a filha ser discriminada por ser portadora da Síndrome de Down. Especialmente, quando a ação vem de uma de suas professoras.
A médica flagrará a filha adotiva sendo discriminada. Carla, a responsável pela menina na escola, pede que Clara fique sentada para que outras crianças não a derrubem. Logo, Helena percebe que a filha está recebendo um tratamento diferenciado por ter Down.
“Sentadinha? Como assim, eu não estou entendendo, Carla”, inicia, Helena.
Tentando se desvencilhar da saia-justa, a professora diz que Clara é mais “miudinha” e que, às vezes, cai. Novamente, Helena faz valer o direito da filha: “Às vezes, ela vai brincar e cai”, diz Carla.
“Mas ela tem que brincar, mesmo. No meio dos outros, junto com todo mundo. Ela tem que aprender a se defender. Tem que aprender a cair, vai chorar, vai levantar. Enfim, reagir como qualquer criança”, defende Helena.
Carla começa a engrossar o tom com Helena e questiona: “Você acha que ela pode, então, ficar com todos?”, questiona da educadora. Percebendo o tom diferenciado que a filha está recebendo, a médica responde: “Carla, ela precisa da proteção que todas as crianças do mundo precisam, nem mais nem menos”.
Só que as coisas começam a complicar, e Helena nota que a filha está sendo discriminada dentro do seio escolar durante a reunião de pais e mestres. Todos os pais recebem os trabalhos dos filhos, menos Helena, que não ganha a pastinha com as atividades de Clara.
A professora pede para entregar o material em outro dia, mas ouve um não de Helena, que exige ter um tratamento igual aos demais pais e alunos. “Eu quero a pasta com os trabalhos da minha filha, agora, como todos os outros pais”, dispara Helena.
Carla informa que Clara faz poucos trabalhos e prefere trabalhar com massinha, diferente das demais crianças. Helena segue sem entender porque a filha não foi estimulada como as demais crianças e segue exigindo condições iguais aos demais alunos.
Um “climão” se estabelece na reunião de pais e Helena acusa a professora de discriminação e exige uma explicação.”A Clara está maiorzinha. Vai ficando mais complicado para uma criança deficiente essa fase, onde ela começa a ser alfabetizada”, dispara Carla.
“Seu comportamento é criminoso… Isso é violação dos direitos humanos! Isso é crime! Me chama, agora, a diretora! Porque na sua turma, minha filha não fica mais! Eu vou te denunciar ao Ministério Público”, grita Helena, pedindo direitos iguais e prometendo levar o caso ao responsável do colégio.
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