Erick Witzel ganhou o noticiário carioca após o pai Wilson Witzel, futuro governador do RJ, declarar publicamente que tinha um filho transgênero. Mas se engana quem pensa que a relação paterna é harmoniosa.
Witzel ignorou durante a campanha os pedidos de Erick em não ser citado durante o período eleitoral: “Eu não queria a minha imagem e minha condição de gênero associadas às causas dele”, desabafou o cozinheiro de apenas 24 anos ao UOL.
A verdade é que Witzel e o filho têm um contato frio e distante, como o próprio rapaz confirmou em entrevistas. A exposição na campanha fez com que Erick se tornasse alvo de ataques virtuais contra apoiadores políticos do pai: “Não paro de receber ameaças constantes no meu Instagram”.
A gota d’água na relação parece ter sido a participação de Witzel durante ato de campanha do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL). Na ocasião, o então candidato à Alerj destruiu uma placa em homenagem à Marielle Franco, situada na Cinelândia. Erik não concordou com a presença do pai no evento.
“Naquele momento pensei: ‘eu perdi meu pai. Qualquer resto de humanidade dele se perdeu ali’. Foi uma violência. Foi como se eles rasgassem a luta de todas as minorias pelas quais Marielle lutou”, disse em entrevista dada ao UOL.
Apesar do pedido de desculpas feito por Wilson Witzel à família de Marielle, Erick e o pai não se falam. Nem a vitória nas urnas serviu para que o clima de reaproximação acontecesse entre as partes.
Colaborou UOL // Imagem: Instagram