Débora Gares detona Conmebol em caso Luighi: “Inaceitável”
A apresentadora Débora Gares mostrou toda a sua indignação com a Conmebol após mais um caso de racismo no futebol sul-americano, durante o Globo Esporte RJ. A declaração ocorreu após os ataques racistas sofridas por jogadores do Palmeiras, no Paraguai, quando o atacante Luighi criticou o repórter da Conmebol por não perguntá-lo sobre os atos racistas vistos em campo.
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Após o fechamento da matéria no GE, Débora pediu que a Conmebol interrompa punições brandas contra racistas. “Nossa solidariedade ao Luighi e repúdio a este ato de racismo, mais um contra brasileiros no futebol sul-americano. É inaceitável a frequência destes casos. As punições aplicadas pela Conmebol, que comanda o futebol no continente, elas são muito brandas”, disse, primeiramente, Débora, nesta sexta-feira (7).
A substituta de Alex Escobar reforçou que só multa aos clubes de torcedores racistas não resolvem o caso. “Se essas punições não forem rigorosas e exemplares, episódios como o de ontem vão voltar a se repetir e isso não pode ser”, contou, por fim.
Entenda o caso Luighi: racismo deixou Débora Gares indignada
O atacante Luighi, do Palmeiras, foi vítima de racismo durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Taça Libertadores Sub-20, no Paraguai, nesta quinta-feira (6).
Aos 35 minutos do segundo tempo, um torcedor adversário ainda não identificado fez gestos imitando um macaco em direção ao jogador, Abalado, Luighi deixou o campo chorando.
Após o fim do jogo, ao ser entrevistado, Luighi expressou sua indignação pelo ocorrido e cobrou providências imediatas das autoridades esportivas, citando a Conmebol e a CBF. Ele criticou o repórter oficial do jogo, contratado pela Conmebol.
“Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vão me perguntar sobre isso?”, perguntou o atacante.
Após a ampla repercussão do caso, a CBF emitiu um comunicado em favor do jogador. “A entidade já acionou a Diretoria Jurídica e fará uma representação à Conmebol cobrando rigor nas punições. O protesto será feito ao presidente Alejandro Dominguez e à Comissão Disciplinar da entidade que comanda o futebol na América do Sul”, disse, em resumo, parte do texto.
A Conmebol diz que tomará medidas, mas não citou se agirá para identificar os torcedores racistas. “A Conmebol rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”, disse, por fim, a entidade.
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Imagem: TV Globo / Montagem
