Já ficou claro que o jornalismo é, sim, um serviço considerado essencial durante o período de pandemia de novo Coronavírus.
É através do noticiário que a população tem informações responsáveis e corretas de como proceder em um momento como esse.
Entretanto, algumas emissoras estão se aproveitando disso para manter em seus estúdios profissionais que nada tem haver com a cobertura do Covid-19.
Algumas emissoras de rádio e TV continuam mantendo a ida de apresentadores e jornalistas, que tratam de assuntos sem relação com o que é tido essencial.
Programas de fofoca, esportivos e variedades totalmente esvaziados e que nada estão acrescentando. Ao contrário, só expõem seus profissionais ao risco da doença.
Ou estes não poderiam trabalhar do Skype, para a TV, ou com o equipamento ‘tie line’ para o rádio? Este último, em caso extremo, até o bom telefone salva.
Qual a necessidade de um fofoqueiro ir até à rádio fazer o seu quadro? O que está acontecendo mundo do esporte, que faça um jornalista esportivo ir a um estúdio?
A Globo, por exemplo, mantém apenas um programa de variedades, o É de Casa, mas este está servindo de prestação de serviços ao Coronavírus.
Mas não há sentido fazer passagens do Globo Esporte nos seus jornais locais. Rio e SP têm feito isso, quando podiam optar pelo ‘Home Office’.
O mesmo vale para emissoras que mantêm esportivos ao vivo em seus estúdios, caso da Band, com Milton Neves (68) e seu Terceiro Tempo.
Também se acrescentem os “venenosos” da Record em suas praças. Ou será que o quadro de maior audiencia não poderia ser feito através de uma câmera ligada na casa dos fofoqueiros? Inclua-se por aqui a RedeTV! e seus três programas de fofocas.
No rádio então, meio totalmente insalubre, a coisa é mais grave. Exemplo mais tenso de todos é o da Rádio Tupi, onde os funcionários mostram apreensão interna. Profissionais de quadros de variedades e jornalistas esportivos seguiam, em sua totalidade, batendo ponto nos estúdios até outro dia. Agora, já há um ‘home Office’ parcial.
Por lá, Isabele Benito foi confirmada com Covid-19 e Cristiano Santos está afastado com sintomas suspeitos. E lembrar que, há vinte dias, nós questionamos a emissora quais medidas estavam tomando a fim de evitar a aglomeração de seus profissionais.
Quem avisa, amigo é: patrocinadores salvam caixas, mas não salvam vidas.