A estreia de Amor de Mãe mandou um recado claro e direto para quem aprecia a teledramaturgia brasileira: Como é que perdemos Regina Casé por tanto tempo nas novelas?!
Em uma lista repleta de grandes atores, todos com grande experiência, coube à popular apresentadora se destacar como a grata surpresa e ter a melhor atuação na trama de Manuela Dias.
Regina tem usado a simplicidade para construir o seu trabalho. Uma mãe nordestina, que vive em função da casa e da família. Mata – literalmente! – e morre pelos filhos. Um sotaque nada piegas e um figurino simples, que chama a atenção na construção do personagem.
Também é preciso valorizar o texto da autora, que favorece com fortes e marcantes diálogos bem construídos. Lurdes [Regina Casé] fala aquilo que uma mãe falaria: “No meu filho, ninguém trisca”.
Paralelo a isso, é preciso ressaltar que o elenco que circunda a personagem também favorece o bom trabalho de Regina.
Muitas vezes criticada pelo estilo popular e pela falta de sinceridade como apresentadora, é preciso dizer que este vasto conhecimento de saber conversar com o povo está sendo bem utilizado pela atriz em Amor de Mãe.
O curioso é que Regina não fazia uma novela desde 2001, quando atuou como Rosalva em ‘As Filhas da Mãe’. Voltou em grande estilo, como se fizesse novelas habitualmente – verdade: sabemos que ela participou de filmes, como o Que Horas Ela Volta?
Verdade seja dita, Regina voltou à dramaturgia por não ter sido escalada para um novo programa na Globo.. Em um novo caminho, está sabendo se reinventar e aproveitar o talento que tem de sobra. Esperamos que seja um caminho sem volta.