A CNN Brasil se posicionou no início da noite de hoje (22), após o jornalista Pedro Duran ser hostilizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
O caso aconteceu no Rio de Janeiro, quando Pedro tentava exercer seu trabalho durante os protestos.
Bolsonaro esteve no Rio e participou de uma passeata com motociclistas pelas ruas da zona sul e oeste da cidade. Mais uma vez, o presidente não usou máscara e não respeitou as orientações de distanciamento social.
Antes de ser expulso do local, Pedro publicou em suas redes sociais a chegada de Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde a alvo da CPI que apura irregularidades do governo federal na pandemia do novo coronavírus.
Os apoiadores que cercaram o jornalista gritavam palavras de ordem como “vai para casa” e “lixo” e “vagabundo”.
Mesmo tentando deixar o local com apoio de um policial, um manifestante tentou impedir a saída do jornalista do local. Outros manifestantes perseguiram Pedro gritando palavras ofensivas.
Pedro também foi expulso de uma passarela do BRT na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, quando tentava fazer um registro para a CNN Brasil.
Os manifestantes pró-Bolsonaro expulsaram o repórter gritando “fora”. Exaltados, alguns berravam contra o profissional sem fazer uso da máscara.
Márcio Gomes, apresentador CNN Prime Time, registrou sua solidariedade ao colega:
“Minha solidariedade ao Pedro Duran pelas agressões sofridas hoje durante a cobertura do passeio presidencial pelo Rio. Na briga irracional de torcida que o nosso país vive, a verdade e, por consequência, os jornalistas foram escolhidos como alvo. Não recuaremos!”, escreveu.
Agora à noite, a CNN Brasil emitiu nota pública sobre o caso:
“A CNN Brasil repudia todo tipo de agressão. Acreditamos na liberdade de imprensa como um dos pilares da democracia. Os jornalistas têm direito constitucional de exercer sua profissão de forma segura, para noticiarem fatos, dentro dos princípios do apartidarismo e da independência”, posicionou-se a emissora.