Carla Matera fala sobre a volta do futebol e relembra momentos do rádio e da TV

Quem ouve Carla Matera produzindo matérias e participando de coberturas ligadas ao futebol nem percebe que a jornalista caiu, literalmente, de paraquedas no ramo esportivo.

Em entrevista ao canal do Audiência Carioca no Youtube, Carla nos recebeu no melhor estilo ‘home office’ para falar sobre diversos assuntos envolvendo a carreira e o atual momento do futebol no Rio.

A jornalista também contou como vem adaptando os seus trabalhos na Band, como foi a transição do rádio para a TV e a identificação com o Fluminense. Ela relembra um momento marcante da carreira e da vida ao lado de Fred, ídolo tricolor. Por fim, Carla ainda conta como foi a saída da Rádio Tupi, onde ficou por 14 anos.

Nós separamos alguns destes momentos aqui no portal [em texto, abaixo do vídeo] e convidamos nosso leitor a conferir a entrevista, na íntegra, através do Youtube.

CORONAVÍRUS

“Foi tudo muito de repente. Para a ficha cair foi tudo muito difícil. É uma tristeza, uma tragédia, pelo número de de mortes, pelo número de pessoas infectadas. Pela dificuldade de a gente ter um suporte de saúde que comporte a dar essa dignidade que todo mundo merece… Ou a gente fica lamentando, ou a gente tenta pegar o que for de experiência para tentar se transformar, e transformar esse mundo”.

JORNALISMO NA QUARENTENA

“O que eu aprendi nesses dois meses, talvez eu não tenha aprendido nos 21 anos que eu tenha no esporte. Você aprende a apurar de longe… Trabalho de apuração direto, eu acordo cedo… Eu estava acostumada com o rádio… Agora tem que ter uma maquiagem, uma ‘make’… Tem todo esse processo que eu não estava acostumada… Como a gente está nessa fase em que a gente não pode convidar o entrevistado [pessoalmente] e ir até o estádio, a gente combina com os assessores… Tem que tirar leite de pedra. Não pode parar… É tentar se aproximar ao máximo, apesar da distância”.

DO RÁDIO PARA A TV

“Minha história toda, em 20 anos, trabalhei em rádio. Era a Carla Matera da Rádio Tupi, a Carla Matera da Rádio Globo, e que depois voltou para a Tupi. Talvez esse rótulo termine agora, com essa transição, com essa pandemia toda. A gente passa a ter que fazer tudo. Não foi um processo, não houve uma transição. Eu não tive um sub-23 para passar do júnior para o profissional. Assim como eu comecei no futebol no susto, eu comecei na TV também no susto”.

PERSPECTIVAS PARA O FUTEBOL

“Muita coisa vai mudar… Você está expondo mais de 60 pessoas, que envolvem aquela galera, mais 60 famílias. Isso porque eu não estou nem falando da possibilidade voltar a jogar com os portões em aberto… Todo mundo envolvido. Tem a pessoa da limpeza, da manutenção, da operação, do motorista que leva as pessoas… Por exemplo, minha mãe e meu filho. Quando eu chegar de um jogo, como vai ser? Imagina o jogador, que trabalha no contato”.

A VOLTA DO FRED

“Não só pelo que ele representa. O Fluminense está trazendo mais que um jogador. A preocupação mesmo, de verdade é trazer um ídolo, que a torcida estava carente. Há quanto tempo o Fluminense não tinha um ídolo? Pelo carisma, pelo caráter, óbvio, pelo futebol que ele tem… Acho muito interessante a aplaudo o Mário Bittencourt estar bancando essa história. Para muita gente é loucura, mas eu não acho não.

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