A Mangueira pisou na Marquês de Sapucaí no início da madrugada desta segunda-feira (24) com um objetivo claro e notório. A ideia foi mexer com a crítica e despertar os profetas da intolerância.
A escola questionou a dificuldade como os cristãos têm em reconhecer o rosto de Jesus Cristo na sociedade, especialmente envolvendo as imagens do cotidiano que não se assemelham à arte sacra.
O carnavalesco Leandro Vieira trouxe uma das alegorias fazendo a releitura da Sagrada Família, com Alcione representando Maria e Nelson Sargento, como José. A escolha pelas figuras aconteceu para contrastar com as imagens usadas, onde os pais de Jesus são reproduzidos com a pele branca e esteticamente perfeitos.
Outras alas também fizeram associações que despertaram críticas à comunidade cristã brasileira, que não enxerga jovens, favelados, negros e a comunidade LGBTQ+ como pessoas crucificadas por sua origem ou natureza.
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