Análise: os erros e os acertos do Campeonato Carioca na Record TV

Chegou ao fim o contrato vigente entre a Record TV e a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) sobre a transmissão do Campeonato Carioca.

Em quase 1 ano e 2 meses de acordo, a emissora exibiu dois torneios seguidos, por conta do calendário desenfreado devido à pandemia.

Entre erros e acertos, a Record encerrou a transmissão do último sábado (2) com a maior audiência da competição em 33 jogos exibidos entre 2021 e 2022. Só este ano, foram 700 minutos na liderança e 9 milhões de telespectadores atingidos no Grande Rio.

O Audiência Carioca separou os pontos positivos e negativos da transmissão do Cariocão:

>> O retorno da emissora ao futebol brasileiro, após retirada em 2006, foi uma grata surpresa ao mercado. Especialmente, ao conseguir tirar o torneio da mão do SBT, que se encontrava bem encaminhada para fechar com a transmissão do Carioca em 2021;

>> A transmissão padronizada da FERJ, via Sportsviews, foi um dos grandes desafios da emissora. Não foram poucos os problemas de sinais de transmissão, a ponto da Record reclamar publicamente do caso em seu telejornal local;

>> A decisão da Record em repasse do sinal do Carioca para parte da rede e suas afiliadas de forma comercial foi um sério problema no primeiro ano do contrato (Carioca 2021). Antes presente em 17 estados na Globo, a competição ficou limitada ao estado do RJ e apenas 27 cidades. Apenas as finais do torneio neste ano foi em rede nacional;

>> Como a Record acertou a transmissão do Campeonato Paulista para 2022, a emissora decidiu dividir a rede entre as duas competições este ano: 20 estados e o DF ficaram o Carioca, e o restante do Brasil com o Paulistão, reparando o erro com o Estadual do Rio;

>> Mesmo assim, houve telespectadores do Nordeste que reclamaram ter recebido o sinal do Paulistão em vez do Carioca, como prometido;

>> Por conta do calendário apertado, a Record não conseguiu colocar o primeiro jogo da final do Carioca 2021, disputado na última quarta-feira (30), para todo o Brasil. A culpa, entretanto, não foi da emissora. O calendário apertado por conta da participação do Flamengo na Libertadores, acabou inviabilizando a transmissão em dia diferente da data e horário do primeiro jogo da final do Paulistão;

>> A equipe de repórteres esportivos no Carioca da Record foi um dos destaques da competição: Aline Pacheco e Fábio Peixoto foram gratas revelações no segmento nestas duas temporadas. Também foi uma excelente vitrine à Bruna Dealtry e Marcos Carvalho, ambos com ampla experiência na TV por assinatura;

>> O mesmo vale para Lucas Pereira, que voltou a ter oportunidades na narração esportiva na TV aberta, após a transmissão da Rio-2016;

>> Com a pandemia em controle de vacinação e a retomada de público nos estádios, a Record errou em não levar narrador e comentaristas, ao menos, nas finais de 2022 no Maracanã. Se organizasse direitinho, dava para montar um protocolo eficaz de segurança sanitária;

>> Diferente de 2021, a Record acertou ao conseguir encaixar na sua grade de sábado a transmissão da final da Taça Guanabara 2022, entre Resende x Fluminense, mostrando a conquista tricolor. No ano passado, Flamengo x Volta Redonda, que rendeu o título ao rubro-negro, ficou de fora da TV aberta;

>> O Esporte Record em formatos de temporadas não favorece na retomada da identificação do público com a Record em transmissões esportivas. Mesmo não contando com os principais torneios, caso deseje sonhar com mais eventos de futebol, a emissora precisa reavaliar a produção esportiva em sua programação diária.

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