Quarenta dias após a festança no Copacabana Pallace em plena pandemia, os cantores que se apresentaram no aniversário de Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, terão que se explicar à justiça como aconteceram as negociações dos shows.
O bicheiro é um dos alvos da operação Fumus, desenrolada nesta quinta-feira (24) em diversos endereços do Rio de Janeiro. Adilsinho e seu irmão, Cláudio Coutinho, são considerados foragidos da justiça.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que os dois chefiam uma quadrilha que impõe, com truculência, um monopólio na comercialização de cigarros no Rio de Janeiro.
Diversos registros nas redes sociais mostravam aglomeração e a ausência da máscara entre os presentes. Fotos e vídeos mostraram que grandes cantores se apresentaram na festa, casos de Gusttavo Lima, Ludmilla, Alexandre Pires e Dudu Nobre. Mumuzinho também esteve no hotel na condição de convidado.
JUSTIÇA QUER EXPLICAÇÃO DOS CANTORES
A 1ª Vara Especializada de Crime Organizado (TJ-RJ) determinou que os cantores têm vinte dias para justificar a participação na festa. Eles devem detalhar os valores pagos pelas apresentações e quais foram as pessoas responsáveis pela negociação contratual.
Fiscais da vigilância sanitária, sob o comando da Prefeitura do Rio, foram até o local do evento e disseram não ter encontrado irregularidades no evento. Entretanto, horas depois da festa viralizar nas redes sociais, o Copacabana Palace foi multado em R$ 15.466,81.
Na ocasião, o Copacabana Palace tentou se defender: “O hotel reforça para seus contratantes externos que o comprometimento com as recomendações das autoridades é um pré-requisito para que os eventos aconteçam. Adotamos um protocolo de prevenção e combate à Covid-19 de acordo com as regras vigentes, de modo que a saúde e segurança de hóspedes, funcionários e clientes são nossa maior prioridade”.
Em maio, as festas consideradas não comerciais, onde não são vendidas entradas, estavam permitidas no Rio desde que fossem cumpridas as seguintes medidas: uso de máscara, adequada higienização, vedação de filas e aglomerações na entrada e na saída, distanciamento social mínimo de 1,5m e lotação máxima de 40% locais fechados ou 60% para locais abertos.
Em um vídeo obtido com exclusividade pela jornalista Fábia Oliveira, de O Dia, é possível ver que parte destas condições não foram obedecidas.
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Imagem: Reprodução Internet