O lançamento da nova logomarca da Band, ocorrida no meio de julho, retirou as cores verde e amarelo, em troca de um tom prateado. A emissora optou em trocar uma marca cromática fortemente consolidada, lançada em 2004, com tons da bandeira brasileira.
A mudança de 14 anos atrás atendia a pesquisas que concluíram que a Band tinha uma identidade direta com o público paulista. Sendo uma emissora em nível nacional, com filiadas e afiliadas em todo o território, ações foram tomadas na ocasião. Além de reforçar a grade de programação, a identidade visual foi uma das principais medidas adotadas, revertendo o cenário.
Apesar de toda a modernidade e atualização que atendem às tendências de design utilizadas nos padrões atuais, a nova logo não tem o destaque que a anterior possuía. As escalas em prata não brilham na tela e pouco sobressaem. O selo de ao vivo fica tímido e não reforça o dinamismo e produções “on time”, tão valorizadas pela Band em suas atrações de entretenimento e jornalismo.
Os tons da maioria dos cenários também não colaboram. O ‘Jogo Aberto’, com predominância branca, não valoriza a nova marca prateada. O mesmo acontece com outras atrações, como “Os Donos da Bola”, “Agora É Domingo” (foto de Dohler Júnior – TV Informa, percebam como nem aparece direito!) e “Melhor da Tarde”. As cores utilizadas na cenografia destas produções são totalmente a favor da logo anterior, em verde e amarelo.
Ou seja, a emissora precisa se adequar, investir em novos ambientes, para valorizar a imagem final de seus produtos. O mesmo vale para as canoplas (caixinhas dos microfones usados pelos repórteres de rua) que ainda estão no formato anterior. O site apurou que a Band já encomendou as novas caixinhas, mas ainda não chegaram.
O planejamento precisa ser de ponta a ponta e atuar em conjunto. Mudar em partes, definitivamente, não é recomendável. Afinal, em time que está ganhando não se mexe.