A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu uma nota nesta quinta-feira (14) onde pede punição, após a denúncia feita por membros do Voz das Comunidades contra policiais militares. O mesmo aconteceu com a Anistia Internacional, que exige uma investigação sobre a acusação classificada como “intimidação do trabalho da imprensa”.
Na última quarta-feira (13), o repórter Renato Moura cobria uma ação policial e teve seu celular apreendido e quebrado por PMs. O jornalista tentou registrar o caso na 21ª DP, em Bonsucesso, mas acabou tendo que formalizar a queixa na 22ª DP, na Penha. Rene Silva, idealizador do ‘Vozes’, acompanhou o caso.
“URGENTE. Renato Moura acompanhava a incursão policial, até que os policiais o revistaram e quebraram o seu celular. Eles falaram que ‘o Voz só fala mal da polícia para ganhar fama’. Estamos a caminho da delegacia”, escreveu o site no Twitter
Em comunicado, a PM afirmou que a gravação representou uma ameaça aos policiais e por isso apreendeu o aparelho.
“Saindo da localidade, houve discussão com integrantes do Voz das Comunidades que iriam expor a face dos policiais que atuaram na ocorrência. Isso representou uma ameaça para os agentes, que apreenderam o celular que fazia a filmagem”, tentou justificar o órgão.
ABI ENVIA CARTA AO GOVERNO DO RJ
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) classificou o comportamento dos agentes policiais como arbitrário:
“… Desta vez, os policiais militares afrontaram o direito constitucional das liberdades de expressão e de imprensa, bem como cometeram a ilegalidade de quebrar e apreender o celular de uma equipe do ‘Voz das Comunidades’, um importante veículo de comunicação de moradores de favelas do Rio”, disse parte do comunicado enviado ao governador em exercício, Cláudio Castro.
O órgão solicita a punição dos “transgressores”, a indenização do celular danificado à equipe do ‘Vozes’ e adoção de uma campanha interna sobre a importância da liberdade de imprensa. Confira a nota da ABI na íntegra.
ANISTIA INTERNACIONAL EXIGE INVESTIGAÇÃO SOBRE INTIMIDAÇÃO DE JORNALISTAS NO COMPLEXO DO ALEMÃO
“A tentativa de intimidação de integrantes do jornal Voz das Comunidades na manhã de quarta-feira, 13 de janeiro, no Complexo do Alemão é inadmissível. Não há amparo legal para a apreensão de celular de nenhum cidadão, por parte da polícia, sobretudo no exercício do jornalismo produzido pelos moradores do conjunto de favelas do Rio de Janeiro.
A Constituição Federal de 1988 aponta em seu artigo 5 que é livre a expressão de comunicação, artística e intelectual, independentemente de censura ou licença.
A Anistia Internacional exige imediatamente que o governador em exercício Claudio Castro e Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apurem o caso, bem como a nota emitida por meio do Twitter em que a Polícia Militar do Rio de Janeiro justifica a apreensão do celular do jornal.”, diz o comunicado da Anistia.
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Imagem: Reprodução Twitter