Três dias após se mostrar irritado com o vídeo da reunião ministerial, Datena mudou o tom na edição do Brasil Urgente de ontem (25). O apresentador usou um discurso de prudência, após ter dito que não tinha mais interesse em entrevistar Jair Bolsonaro na sexta-feira (22).
“A questão específica sobre ter dito que não entrevistaria mais o presidente não é política, eu sou um jornalista isento. Não carrego bandeira de ninguém. Nunca fui porta-voz do Bolsonaro e nunca serei de ninguém. Nunca fui do Lula, Temer, Dilma e Collor”, disse Datena.
A verdade é que de 2018 para cá, desde que Bolsonaro assumiu a presidência, nunca um líder do país falou tantas vezes ao Brasil Urgente. Datena aproveitou para esclarecer que não está na condição de inimigo do presidente, após ter tomado a decisão de não ouvi-lo mais na atração.
“Não sou inimigo do presidente. É até uma forma de preservar o bom relacionamento que tive com ele, tanto que ele não falou coisa nenhuma sobre aquilo que falei. Não tenho nada contra ele, mas não gostei do que o cara da Caixa falou”, tentou explicar Datena.
O jornalista se refere à fala de Paulo Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, que disse que uma pessoa da Band estava pedindo dinheiro à empresa pública. A emissora emitiu um comunicado criticando a fala. Guimarães tentou se justificar em nota, mas não pediu desculpas à Band e tão pouco informou quem havia pedido dinheiro à Caixa.