Regina Duarte não é mais secretaria de cultura. A atriz foi retirada da função pelo presidente Jair Bolsonaro e o cargo está vago. Foram 77 dias na função desde a posse, em 4 de março.
Regina foi rebaixada de função e agora assume a Cinemateca, em São Paulo. “Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, disse Bolsonaro.
A passagem de Regina Duarte pela Cultura foi recheada de polêmicas. Após afastar Dante Mantovani da Funarte, a então secretária viu o governo federal renomeá-lo à função sem consultar a secretária.
Regina também foi criticada por ficar em silêncio sobre as morte do ator Flávio Migliaccio, seu colega de TV Globo, e do compositor Aldir Blanc.
A fatídica passagem pela cultura foi marcada por um chilique dado por Regina, ao vivo, na CNN Brasil, ao ouvir um vídeo de Maitê Proença pedindo que a secretária conversasse com sua classe.
A saída de Regina Duarte é uma conquista da ala ideológica do governo Bolsonaro, especialmente dos componentes do grupo chamado de “gabinete do ódio”. Para estas figuras, Regina não foi capaz de tirar pessoas de esquerda da pasta.
O ator Mário Frias, que almoçou ontem com Bolsonaro, é o nome mais forte para a vaga de Regina Duarte.