Para muitos dos cariocas, Márcio Gomes é um xodó de quem assistia na década passada o RJ TV. Coerente, calmo, explícito e um trabalho muito focado nos jornais locais do Rio fizeram com que ele recebesse a oportunidade de se tornar substituto oficial de William Bonner, naquele período.
O Combate ao Coronavírus é um exemplo clássico de como a TV Globo está pronta para a demanda factual. Poucos dias após o decreto da pandemia pela OMS, a emissora montou uma estrutura em São Paulo, ativou uma produção sobre a causa e confiou a apresentação a Márcio Gomes.
A leveza e a forma didática sobre o Coronavírus faz do ‘Combate’ uma referência para quem ainda tem dúvidas sobre a doença. E, com o avanço do vírus, inúmeras perguntas surgem. Só nas quatro primeiras edições, a Globo recebeu 2000 perguntas através da #perguntacorona.
A confiança de Márcio é tão grande, que um vídeo seu ensinando o público a fazer uma máscara caseira virou um dos mais compartilhados nas redes sociais.
Estes fatores justificam a liderança de audiência da Globo no horário da manhã. A confiança na atração de Márcio Gomes é tão chamativa que rendeu, despretensiosamente, um pomposo patrocínio master de uma empresa automobilística. As chamadas são exibidas na entrada e na saída do programa.
O Coronavírus ainda será uma realidade mundial nos próximos meses, ainda que fora da situação de pandemia. Portanto, essa atração continuará sendo um pilar informativo.
Quando tudo isso passar – porque vai passar, minha gente! – a Globo não poderá abrir mão do talento diário de Márcio Gomes em sua programação diária de forma assim tão fácil.
Uma dica. Aliás, duas. Matem dois problemas de uma vez: Acabem com o Se Joga e ponham Márcio para dividir o Jornal Hoje com Maju Coutinho até as 15h.
Se fizer isso, errada a Globo não estará.