Em seu cotidiano, por si só, o carioca habitualmente vive um dia pesado. Seja se locomovendo para o trabalho, a busca de emprego e, especialmente, sobrevivendo na luta por saúde e segurança. Barras pesadíssimas.
Os telejornais locais da cidade nada mais do que são um retrato fiel de como é viver em uma cidade com um dia a dia altamente puxado.
É preciso frisar que os famosos “RJs”, de Globo, SBT e Record TV, são, quase sempre, verdadeiros aliados da população na prestação de serviço. Tentam manter a cartilha do bom jornalismo, com pontuais críticas que não merecem ser citadas neste momento.
Entretanto, as pautas estão deixando as gargantas secas de quem tenta assistir as opções televisivas em pleno horário das refeições. É difícil acordar por volta das 6h e já se deparar, em pleno café da manhã, com alguém que perdeu um ente querido por conta de bala perdida. Tão pouco que um paciente não teve atendimento em um hospital da cidade.
No horário do almoço. chega a ser, por vezes, constrangedor como os cidadãos se olham em refeitórios ou restaurantes entre uma garfada e mais uma pancada de notícias ruins. Principalmente, quando envolvem vidas. Ontem (12), por exemplo, a menina Ketellen entrou para as estatísticas como a sexta criança vítima fatal por tiro.
EMOÇÃO NO AR
Na última semana, os jornalistas Helter Duarte e Edimilson Ávila foram às lágrimas ao verem um grito de socorro por um tratamento contra o câncer em um dos hospitais do Rio.
O que era para ser uma opção televisiva agradável, claro, vez ou outra tratando do imponderável, virou um banho de sangue e tristeza na vida dos telespectadores cariocas. Culpa da mídia? Nem um pouco. É o que vivemos e precisamos debater.
Duro é assimilar o golpe em horários que precisamos nos restabelecer para nos mantermos de pé. Por mais que TV seja hábito, não podemos nos acostumar com tamanha situação.