Os bastidores do ‘Trapalhadas Sem Fim’, o documentário de ‘Os Trapalhões’ que vem aí em 2020

Desde que o documentário ‘Trapalhadas Sem Fim’ começou a ser produzido, muita coisa foi dita sobre os bastidores desse novo trabalho. Especialmente, sobre a relação de Renato Aragão e sua opinião sobre a iniciativa de contar a história do humorístico.

Na imprensa, já pipocaram informações que Renato teria tentado barrar algumas entrevistas e enviado mensagens à equipe que toca o projeto sob a tentativa de descontinuar o projeto.

Na última quarta-feira (23), Rafael Spaca, diretor responsável do Trapadoc, revelou ao ‘Pânico’, da rádio Jovem Pan, parte dos bastidores e como vem lidando para concluir os trabalhos do documentário.

“Comecei a colher entrevistas no caminho, sem o Renato [Aragão] saber. No meio do caminho, avisei a ele, que respondeu: ‘Eu não quero que você faça o documentário’… Disse a ele que não podia me proibir de fazer. O Renato pode não querer me dá uma entrevista, mas proibir a execução não pode. Comecei a entrevistar as pessoas e cheguei a gente muito próxima a ele. Por exemplo, a Xuxa. Mandei um e-mail para a assessoria da Xuxa e aí quem me respondeu foi a Lilian Aragão, dizendo mais uma vez que eu não poderia fazer o documentário. Eu respondi que posso fazer. Ele [Renato Aragão] começou a chegar em quem ele era próximo e pedir ‘Não fala com o Rafael’. Só que ali eu já tinha 64 depoimentos plurais. Tem coisas muito elogiosas, mas tem coisas que derrubam todos esses folclores que tem sobre Os Trapalhões”.

Rafael Spaca

MAIOR GRUPO DE HUMOR

“Considero Os Trapalhões o maior grupo de humor do mundo. Não tem paralelo com o que eles fizeram no mundo todo. Trabalharam em todas as plataformas de mídia: quadrinhos, cinema, televisão, rádio, circo… Eles fizeram tudo e fizeram com sucesso e por muito tempo”.

REPARTIÇÕES DE LUCROS

Os Trapalhões se separaram em 1983, por conta de divisão de lucros. Na ocasião, segundo Spaca, Mussum, Zacarias e Dedé não concordavam com a matemática de divisão do que era arrecadado pelo quarteto.

“Teve uma reportagem da revista Veja, onde mostra que o Renato comprou a Granja Comary, onde a seleção treina…. Os outros três viram e chegaram à conclusão que o Renato estava milionário e eles estavam confortáveis financeiramente, mas não no patamar dele. E eles [Mussum, Zacarias e Dedé] queriam que as repartições do lucro fossem um pouco mais justa. Na época, a imprensa falava que ele [Renato] tinha 50% e os outros três 50%. Aí eu descobri que não é isso. É muito pior que isso. Vamos revelar no documentário”.

LANÇAMENTO DO ‘TRAPADOC’

“Nós estamos negociando com as emissoras. Essa repercussão toda se deu em razão do Renato, ele foi o maior divulgador. A primeira vez que o jornalista me perguntou como estava indo o documentário, disse que estava indo bem. A segunda pergunta foi: e o Renato? Respondi: não quis participar. E ao me perguntarem o porquê, eu disse que ele era contrário. Foi capa do jornal O Dia, depois veio a Folha, a Veja, e aí veio uma avalanche. Essa rotina de hoje eu imaginei que ia fazer depois do lançamento. Tudo isso que ele está fazendo gerou essa curiosidade”.

Sobre as polêmicas, Spaca revela: “As polêmicas, ao contrário do que se pensa, repelem o interesse. Tem muito canal e produtora que não quer entrar nessa briga com o Renato”.

DOUTOR RENATO?

Questionado se Renato Aragão gosta de ser chamado de Doutor Renato, Spaca revela como o documentário tratou o caso: “Entrevistamos a camareira deles e ela fala isso e vai responder se ele gosta ou não”, deixando o mistério no ar a ser revelado na divulgação oficial do produto.

INSTAGRAM

Para quem quiser saber detalhes sobre o que vem por aí no Trapalhadas Sem Fim, basta seguir o perfil oficial do documentário.

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