Garotinho sobre críticas de ouvintes à Kelly Jorge em dia de morte de operador: “nego com ti-ti-ti”

A participação de Kelly Jorge, no Cheguei Podcast, do Garotinho José Carlos Araújo, na última sexta-feira (27), trouxe bastidores do fatídico dia 13 de agosto de 2024. Na ocasião, minutos antes de Kelly entrar no ar, o operador Jorginho Uepa passou mal ao vivo, durante o Patrulha da Cidade. Em menos de duas horas, a emissora confirmou a morte do profissional.

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Garotinho questionou à Kelly Jorge como foi apresentar o Programa da Boneka momentos após o atendimento e o falecimento de Uepa. Kelly seguiu normalmente com a programação e a sua habitual alegria e descontração.

“Trelelê. Morre o operador da Rádio Tupi antes da Kelly Jorge [oficialmente, o operador morreu depois do programa ir ao ar]. E ela faz programa com alegria e nego com Ti-Ti-Ti, ‘Pô, que isso. Um minuto de silêncio’. Ela vai explicar porque, como campeã de entretenimento, foi aplaudida pelo público dela”, disse primeiramente o narrador.

No entanto, viúva de operador foi uma das reclamantes

De fato, parte dos ouvintes foram solidários com Kelly Jorge e classificaram sua atitude como profissional. Entretanto, é preciso reforçar que além de ouvintes da emissora terem criticado o Programa da Boneka, Cristiane Soares, viúva de Jorginho Uepa, fez uma reclamação pública sobre a atração comandada por Kelly Jorge.

Sim! Meu marido faleceu trabalhando e poderia ter o mínimo de luto. Estou sem chão“, escreveu Cristiane, esposa de Jorginho e que costumava frequentar a rádio, em resposta a uma seguidora que havia criticado a forma como foi conduzido o Programa da Boneka.

Também é importante ressaltar que, oficialmente, Jorginho Uepa teve seu óbito confirmado entre 13h e 14h, quando o Programa da Boneka já estava no ar. Essa informação foi corrigida por Garotinho antes de perguntar à Kelly sobre os bastidores daquela data na Tupi.

“13h25 [registro do óbito], quer dizer, depois que acabou a Patrulha [da Cidade]. E o Programa da Boneka”, explicou o narrador.

Kelly Jorge trouxe outros bastidores do dia, em seguida

Primeiramente, Garotinho elogiou Jorginho Uepa como um grande profissional da área técnica da emissora. Em seguida, ele perguntou à Kelly Jorge detalhes do ocorrido naquele dia e quis saber sobre a reação do público e os motivos que a fizeram seguir com sua alegria habitual.

“Esse assunto é delicado, não é? Porque são tantas camadas… Eu o conhecia a pouco tempo, assim como conheço todos a pouco tempo na Tupi… Acho que não existe uma cartilha para quem trabalha com comunicação, com entretenimento ou com notícia, de algo que é ao vivo… Vou perguntar à unanimidade [avaliação de Kelly sobre José Carlos Araújo]: existe uma cartilha como você deve se comportar quando seu colega de trabalho morre na sua fronte (sic)?”, disse, primeiramente, questionando o narrador.

“Cada um tem uma reação diferente”, disse Garotinho. Kelly, então, acrescentou: “Pois é, porque eu particularmente não tinha lido essa parte. Não estudei essa parte, de tudo o que eu venho procurando me formar, estudar. Desconheço isso. Quem conhece isso, não bate bem da caixola também. Porque são coisas da vida, do destino. Quis o destino que fosse justamente eu”, ponderou.

Kelly Jorge revela que não havia chegado à emissora quando Jorginho Uepa passou mal e foi atendido: “Foi uma coisa que pegou todo mundo de surpresa. Nenhum funcionário esperava viver aquilo. O Uepa, assim que era conhecido o Jorginho, ele passou mal, operando a mesa. Pelo que eu sei, lá eu não estava ainda, estava chegando à rádio. As pessoas correram para acudi-lo, até para entender o que estava acontecendo e logo colocaram a câmera para o break [intervalo] para sair do ar, porque a câmera estava virada para os comunicadores. Cada um teve uma reação: um gritou, outro chorou, outro parou, outro surtou, outro correu… Exatamente isso, não existe um comportamento”

No entanto, Kelly Jorge contou que a produção do Programa da Boneka vinha atualizando tudo o que vinha acontecendo na rádio.

“Quando eu estava saindo do elevador, porque a minha produção já havia me dito: ‘Kelly, houve uma questão, um funcionário passou mal… Mas entre um funcionário ter passado mal e tudo que estava acontecendo, existe um hiato muito grande. Mas também eles não me disseram, porque eu ia entrar no ar. Logo após a Patrulha, uma da tarde, começa o Programa da Boneka”, disse Kelly, confirmando que anteriormente o Patrulha da Cidade seguiu normalmente.

A comunicadora contou que recebeu um pedido de Tuffy Habib, vice-presidente da rádio e responsável pela área comercial, para que mantivesse a programação no ar.

“Quando eu começo meu programa, ele é de entretenimento. Ao sair do elevador, antes de entrar no estúdio, eu passo, encontro com o Tuffy, ele, logicamente, bem consternado, me dá uma abraço e me diz assim: ‘a gente precisa de você’. Naquele momento, eu falei: ‘Eu tenho a minha responsabilidade. Então, eu que dê o meu melhor’. Não sabia o que estava acontecendo”, contou, em resumo.

Kelly sobre programa neste dia: “preferi não entender o que estava acontecendo porque eu tinha uma entrega”

Kelly Jorge informou que tomou uma decisão ao iniciar os seus trabalhos. Segundo seu relato a Garotinho, ela optou não entender o que vinha acontecendo, pois precisava colocar seu programa no ar.

“Quando eu cheguei, que eu vi a reação facial das pessoas, toda aquela coisa e tudo mais, eu já virei para meus produtores, tanto para o Igor quanto para a Deise, e pedi: ‘Gente, eu não quero saber o que aconteceu’. Foi a minha reação. Eu preferi não entender o que estava acontecendo porque eu tinha uma entrega. E o dono da rádio dizendo para mim: ‘a gente precisa de você’. [Tuffy não é dono da rádio e sim vice-presidente e diretor comercial. Os Diários Associados não possuem um dono e os sócios são compostos por condôminos]. Por que que eu vou ocupar na minha cabeça… Eu sou uma pessoa quando eu estou trabalhando, nem meu telefone fica na minha mesa, no meu lado para não me atrapalhar. Foco 230% no que estou fazendo”, explicou.

“Não quero saber”, disse Kelly Jorge a seus produtores

Kelly ainda revelou que precisou pedir a uma de produtora abalada com o caso de Uepa para se retirar do estúdio e iniciar seu programa como planejado.

“Eu virei para eles [produtores] e falei: ‘Não quero saber’. A Deise estava até chorosa, com os olhos marejados. Falei: ‘Deise, você pode se retirar? Vai tomar uma água. Respira. Vai tomar um café’. Comecei a fazer meu programa normal, seguindo tudo o que a gente tinha planejado no dia anterior, falando com ouvinte, tudo mais”, disse.

No entanto, a notícia da morte de Jorginho Uepa acabou sedo confirmada pela rádio próximo das 14h. A emissora decidiu levar a informação dentro do Programa da Boneka.

“Quando já estava no finalzinho, da metade do programa para fronte (sic), é que eu recebi a notícia do Marquinhos (Marcus Di Giacomo, diretor artístico) e ele dizendo: ‘a gente vai ter que dar uma nota de falecimento’. Aí eu: ‘Nossa, tipo, ok, né?’. Não me cabia ali, até porque a nota de falecimento foi dada pela Valéria (Marques, noticiarista), que foi impecável. Ela já estava consternada por conta de Apolinho, havia pouco tempo que a gente tentando se recuperar, todos nós do luto. Mais um luto sobre um luto”, revelou.

Kelly informa que fez o programa no mesmo lugar onde operador passou mal e que rezou após sua morte: “Pedi ao senhor serenidade e paz para que eu seguisse fazendo o meu trabalho”

“Só que, enquanto ela dava a nota de falecimento, foi quando caiu a ficha em mim de que eu estou sentada na cadeira que ele passou mal. Os pertences dele estavam ali do meu lado ainda. Eu tirei. Me lembro de dobrar o óculos dele, tirar, se não me engano a carteira, a chave, não lembro. Mas eram os pertences dele ali na mesa e colocar ao lado, enfim”

“Acho que as pessoas não fazem ideia do quanto de energia. Lembro dela ter terminado, a Valéria, e eu entrei no break. Fiquei quieta e fiz minha oração ali. Pedi ao senhor, serenidade e paz para que eu seguisse fazendo o meu trabalho. Porque eu estava ali para fazer o meu trabalho”, disse, por fim, acrescentando que foi dirigindo para a rádio e não sabia da movimentação das redes sociais.

Garotinho crê que Uepa “teve uma morte até feliz”. Já Kelly afirma que ele “morreu fazendo o que ama

Para Garotinho, Jorginho Uepa morreu feliz: “Cá para nós, Jorginho Uepa era um cara incrível, feliz, vinha lá da terrinha dele, na zona oeste do Rio. Com toda a felicidade para trabalhar. Domingo de manhã, madrugava na rádio, para fazer o programa do Heleno Rotay. Teve uma morte até feliz. Ele não sofreu, não ficou doente, não ficou internado. Isso é uma benção de Deus”, disse, primeiramente.

Kelly Jorge concordou com José Carlos Araújo e acrescentou: “E, desculpa, mas eu sou debochada mesmo. Morreu fazendo o que ama. Que privilégio. Quantas as pessoas às vezes não chegam a trabalhar com aquilo que nem ama?”, considerou, referindo-se ao operador, de 51 anos.

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