A Globo acertou em cheio ao criar um Show da Virada “raiz”, com shows direto da Praia de Copacabana. A emissora trouxe três apresentações especiais: Iza, Alexandre Pires [ambos gravados] e Zeca Pagodinho, ao vivo, após a queima de fogos.
A medida inovadora trouxe um frescor ao telespectador, que conferiu um show orgânico, sem ‘playbacks’ e com a alegria que a virada em tempo real proporciona.
Afinal de contas, o “vitrolão” do Projac, gravado desde 1998, era tão editado perfeitamente que destoava de uma festa tão popular e democrática como é o Réveillon.
Iza, Alexandre Pires e Zeca Pagodinho fizeram grandes shows, com música de qualidade e proporcionaram que a televisão deixasse de ser mero aparelho decorativo para quem estava em casa comemorando o novo ano. O que foi ao ar gravado não comprometeu e foram shows primorosos.
ZECA CAUSOU AO VIVO
Só que o ao vivo é mais gostoso e Zeca Pagodinho mostrou toda a sua espontaneidade ao ficar pistola quando se deparou com um arruaceiro atrapalhando o público que estava nas areias de Copacabana. Em um momento, o sambista recitava a letra da música e reforçava o pedido de expulsão ao ver a confusão:
“Bota pra fora… Bota pra fora… Tá perturbando o show… Bota pra fora! ♫ Essa boca que me beija, me enlouquece de paixão… Bota pra fora! ♫ Te entreguei numa bandeja a chave do meu coração… Tá perturbando a ordem, uma festa tão bonita. Eu hein? Bota pra fora! Todo mundo feliz aqui, fazendo bangunça. Rua! Bota pra fora! Tá perturbando a ordem.. ♫Ou será de um jogo de jongo que fica no Columbadê”, disse o cantor, alternando-se entre cantar e expulsar o arruaceiro.
O Show da Virada em sua fase “raiz”, além de mais agradável é, sem dúvida, uma opção mais em conta e de produção com logística simplificada em cima das disputadas agendas de músicos em disponibilidade com as gravações. Que a moda venha para ficar.
GOOGLE NOTÍCIAS: SIGA NOSSA PÁGINA E RECEBA AS INFORMAÇÕES DO AUDIÊNCIA CARIOCA
Imagem [capa]: Reprodução TV