Afastado da TV desde 2015, Gilberto Barros voltou a ser notícia. O ex-apresentador da RedeTV! e da Band foi condenado por homofobia pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta terça-feira (16).
Em 2020, Gilberto disse no programa Amigos do Leão que “que vomita e bate em homens que se beijam”. A fala fez com que a juíza a Roberta Hallage Gondim Teixeira o condenasse a 2 anos de prisão.
A magistrada considerou que houve por parte do apresentador “agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais, especialmente diante do uso da palavra ‘nojo’… A manifestação verbal do acusado ajusta-se à prática e indução da discriminação e do preconceito em razão da orientação sexual, não havendo falar-se em liberdade de expressão na medida em que esta não abarca o discurso de ódio”, concluiu.
Por ser um curto período de detenção, a Teixeira substituiu a privação de liberdade por medidas restritivas de direito. Gilberto Barros também terá que prestar serviços à comunidade e pagar cinco salários mínimos, que serão convertidos em cestas básicas.
RELEMBRE O CASO
Gilberto Barros proferiu a frase polêmica quando contou um episódio nos anos 70, quando saía para trabalhar na Rádio Globo. Morando próximo de uma boate LGBTQIAP+, o apresentador disse que presenciava “beijo de língua de dois bigodes”.
“Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz”, considerou, na ocasião.
Após o caso ganhar grande repercussão, o Ministério Público acolheu denúncia feita pelo jornalista e ativista William De Lucca, que comentou o caso nas redes sociais, após a sentença:
“Entendam: homofobia é CRIME. Não é opinião, não é parte da democracia, não é brincadeira: é CRIME, previsto em lei. Por isso, vamos continuar denunciando TODOS que se arrogam ao direito de serem intolerantes e preconceituosos. Chega! Não passarão!”, considerou De Lucca.