O pianista Osmar Barutti, integrante do eterno sexteto Programa do Jô, revelou que Jô Soares (1938-2022) tinha pretensões de seguir na TV, após deixar a Globo, em 2016.
Em entrevista ao jornalista Gabriel Gontijo, para o portal Vipei, Barutti contou uma conversa que teve com Jô no último dia de gravação do formato, em 16 de dezembro de 2016. O músico revelou que a ideia do apresentador era levar seu formato à outra emissora de televisão.
“‘Osmarzinho, querido’, que era a forma com a qual o Jô carinhosamente me chamava, ‘Nós vamos continuar! Fique preparado, que a gente vai voltar a fazer isso em outra emissora!’. Mas infelizmente não fizemos. Era algo que ele tinha muita vontade, pois amava o que fazia. Eu entendi nessa última frase o amor que ele tinha pelo programa depois de tantos anos”, contou.
Osmar Barutti também revelou à publicação que Jô Soares sentiu muito a morte do filho, Rafael Soares (1964-2014) e do produtor e amigo Max Nunes (1922-2014).
“As mortes dos dois causaram um sofrimento muito grande ao Jô. A gente viu isso no semblante dele. O Rafael era um filho querido, muito especial para ele. E o Max Nunes era o braço direito, esquerdo e o coração do Jô. Eram amigos de décadas, de uma vida inteira. Então esse ano foi de muita tristeza, e nós, do sexteto, acompanhamos bem de perto tudo isso. Às vezes, a gente buscava dar uma força no silêncio, e o Jô entendia isso muito bem”, explicou.
Jô Soares morreu aos 84 anos no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A causa da morte não foi revelada. O velório e a cerimônia de cremação vão ocorrer em cerimônias reservadas para familiares e amigos.