Oi?! Justiça diz que influencer foi vítima de “estupro culposo”, sem intenção!

Uma sentença judicial está deixando o público de queixo caído. A influencer Mari Ferrer, de 23 anos, foi à justiça acusar o empresário André Camargo de estupro e acabou sendo atacada verbalmente durante a audiência.

O caso aconteceu em 2018 na boate Café de La Musique, um dos locais mais badalados em Florianópolis (SC). O portal The Intercept Brasil conseguiu com exclusividade imagens da audiência de Mari contra André.

O relato do promotor do Ministério Público que cuida do caso chegou à conclusão de que não houve condições de André saber se Mari estava consentindo a relação sexual.

Desta forma, o entendimento é de que durante o ato sexual não houve intenção de “intenção de estuprar”. Inicialmente, o MP havia entendido que o caso se tratava de um “estupro de vulnerável”.

A decisão destoa da justiça brasileira, que não prevê estupro na categoria culposa. Como no Brasil não se pode condenar por um crime inexistente, André foi absolvido da acusação.

O resultado da ação revoltou o público e a #JustiçaPorMariFerrer virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

MARI É OFENDIDA EM AUDIÊNCIA

Em uma das imagens obtidas pelo The Intercept Brasil, o advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, um dos mais conceituados de Florianópolis, destrata Mari durante uma audiência virtual.

Claudio mostra uma foto em que Mari posa de forma sensual e a influencer reclama de assédio moral por parte do profissional de defesa: “Muito bonita por sinal, o senhor disse, né? Cometendo assédio moral contra mim. O senhor tem idade para ser meu pai, tinha que se ater aos fatos”, diz a autora do processo.

“… [áudio não é claro]… Uma filha do teu nível… Graças a Deus! E também peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você. E não dá pra dar teu showzinho. E não dá pra dar teu showzinho. Teu showzinho você vai lá dar no Instagram depois pra ganhar mais seguidores. Tu vives disso. Mariana, vamos ser sinceros, fala a verdade, vamos lá. Tu trabalhavas no café, perdestes o emprego, estavas com o aluguel atrasado há sete meses. Eras uma desconhecida… Esse é o seu ganha pão, não é Mariana”, disse Claudio, que ainda mostrou outras fotos particulares de Mari e realizadas antes do estupro.

“Essa foto aqui foi extraída de um site de um fotógrafo, onde a única foto chupando dedinho é essa aqui. E com posições ginecológicas é só dela… Não tem nada demais essas fotos”, continua o advogado.

“Mas eu estou de roupa, não tem nada demais mesmo. A pessoa que é virgem ela não é freira não, doutor. A gente está no ano de 2020”, complementou Mari.

“Mas porque você apaga essas fotos, Mariana. E só parece essa sua carinha chorando. Só falta uma auréola na cabeça. Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lágrima de crocodilo”, completa Claudio.

Nesse momento, após ser bombardeada com palavras por Claudio, Mariana cai no choro e o juiz dá o direito da influencer de se recompor. “Nem os acusados de assassinato são tratados como eu estou sendo tratada”, afirmou Mariana, aos prantos.

A OAB-SC e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos solicitaram esclarecimentos ao advogado Claudio Gastão da Rosa Filho e ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina sobre os comentários feitos pela defesa durante o processo.

Na justiça, Mariana recebeu apenas o direito de acesso a tratamento psicológico a ela, à mãe e à irmã pagos pela boate onde tudo ocorreu.

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