Crítica: Com imagens, Fla TV e Vasco TV não precisam de narração em ritmo de rádio

Um das grande novidade da semana foram, sem dúvida, as primeiras transmissões independentes de Flamengo e Vasco através de seus canais no Youtube.

Para o telespectador, um ritmo de transmissão diferente. Além de um ‘delay’ amplo em comparação à TV, a dependência de uma conexão de internet pelo torcedor poderia pôr em risco o ritmo da transmissão. Entretanto, o saldo foi positivo.

Um fato notado foi o ritmo das narrações da Fla TV e da Vasco TV. As duas equipes, que habitualmente fazem jogos no estilo de rádio no Youtube, impuseram o mesmo estilo para os jogos com imagens.

Com o visual do campo de jogo, a narração dispensa um ritmo acelerado para o internauta. O áudio mais detalhado e com ritmo acelerado preenche a imaginação do ouvinte quando não há imagem. Esse é um erro clássico de profissionais do rádio quando vão para a TV. Mas nada que seja tão grave e que não possa ser ajustado nas próximas transmissões.

Com imagens, esse estilo se torna desnecessário, já que há dois exercícios para o público: o de ouvir rápido o que se fala e o de comparar com o que se está vendo. Sem contar que explicar demais pode ser redundante para quem assiste, além de se tornar uma checagem espontânea cansativa. Não se briga com o que se enxerga!

Corrigindo este ritmo, no geral, os trabalhos foram bem proveitosos. Emerson Rocha e Alexandre Tavares, pela Fla TV, e Alex Calheiros e Sandro Gama deram um tom diferente e muito próximo da paixão dos torcedores que estão ouvindo.

Afinal, nestes casos de TVs de clubes, a parcialidade deve, sim, passar de longe na conquista de novos inscritos, curtidas e ativações de sininhos.

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