Em clara autocrítica, GloboNews coloca debatedores negros para falar de racismo

Um dia após reunir sete jornalistas falando sobre o racismo, a GloboNews se mostrou atenta às redes sociais e tentou reparar o erro cometido na edição de terça-feira (2).

A emissora mudou a rotina do Em Pauta, programa comandado por Marcelo Cosme, nesta quarta-feira (3). Cosme passou a bola para que Eraldo Pereira assumisse o programa.

O âncora conduziu a atração de Brasília e abriu a roda do debate com outras cinco mulheres negras, todas jornalistas do Grupo Globo espalhadas pelo Brasil.

Participaram Maria Julia Coutinho, do Jornal Hoje, Aline Midlej, do Em Ponto, Flávia Oliveira, do jornal O Globo, Zileide Silva, da Globo Brasília, e Lilian Ribeiro, da GloboNews.

Em uma edição história, os profissionais contaram histórias próprias sobre o racismo e de superação. Lilian, que foi uma das primeiras estudantes de faculdade pública do Rio a entrar no sistema de cotas de inclusão, contou que seu pai tinha apenas uma calça jeans. Tudo para manter os custos dos estudos da filha.

Aline disse que já foi vítima de preconceito na TV por conta do seu cabelo. A jornalista não aceitou a crítica e não permitiu que uma empresa mudasse o seu visual e rejeitou uma proposta de trabalho.

Zileide contou a Eraldo que durante a cobertura do Palácio do Planalto é comum que seguranças negros a procurem para dizer que ela é referência para filhos estudantes destes profissionais.

No fim, os seis profissionais encerraram a edição erguendo o punho cerrado, símbolo contra o racismo.

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